Castelo de Alcoutim - Município de Alcoutim – Site Institucional

A história do Castelo de Alcoutim confunde-se com a própria história da vila. Neste local, conquistado aos Mouros por volta do ano 1240, não se conhecem vestígios do período Islâmico, o que indicia a não existência de povoamento. A necessidade de povoar este ponto na fronteira com Castela, a defesa natural formada pelo rio Guadiana e a ribeira de Cadavais, serão, certamente, a justificação plausível para a escolha deste local para nova povoação.

Em 9 de janeiro de 1304 o Rei D. Dinis concedeu Carta de Foral à sua “Povoa” de Alcoutim, com privilégios para os que a fossem repovoar. Julga-se que a construção do Castelo, ocupando o cimo de uma pequena colina, se iniciou nos primórdios do século XIV, para defender a fronteira e controlar o comércio no rio Guadiana. A estrutura arquitetónica era simples, apresentando forma quadrangular com uma só porta virada a norte, albergava no interior as estruturas necessárias à sua função.

No século XVI foi aberta a porta ogival virada ao rio e construídos diversos edifícios adoçados à muralha Norte. Na segunda metade do século XVII os engenheiros militares readaptaram este castelo para fortaleza, construindo uma plataforma abaluartada elevada, tipo Vau Ban, para albergar uma bateria de artilharia frontal à povoação Espanhola de Sanlúcar de Guadiana. Esta plataforma integra uma estrutura tipo canhoneira para sete canhões, afastada do parapeito da muralha.

A partir da guerra civil, entre liberais e absolutistas, no séc. XIX, o castelo deixou de ter funções militares e entrou em processo de ruina. Durante o Estado Novo e sob orientação da DGEMN, na década de quarenta, foram feitos alguns restauros na muralha, nomeadamente datam desta época as ameias e seteiras do alto da muralha.

Em 1992/1993 a Câmara Municipal de Alcoutim desenvolveu um projeto de recuperação desta fortaleza, de onde resultou o aparecimento de alguns vestígios arqueológicos. Estes vestígios foram estudados e valorizados com a criação, no ano 2000, do Núcleo Museológico de Arqueologia. Em 2005 o paiol recebeu a exposição Jogos Intemporais – Exposição de Tabuleiros e Pedras de Jogos do Castelo Velho de Alcoutim.