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Património Natural
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Ribeira de Odeleite

Um dos principais afluentes do rio Guadiana do Nordeste Algarvio, a ribeira de Odeleite atravessa a freguesia de Vaqueiros e vai desaguar no rio Guadiana, junto ao monte Foz de Odeleite, no concelho de Castro Marim.

Nela as populações podiam dedicar-se à pesca, à moagem do cereal nas dezenas de moinhos de água que aí existiram, ao cultivo nas várzeas (terrenos de aluvião que normalmente são mais produtivos) e ainda dar de beber aos rebanhos de gado e abastecer-se de água. Das suas margens recolhiam ainda ervas aromáticas, para a confeção dos pratos tradicionais e para chás e beberagens medicinais, e canas, para a construção dos telhados das suas habitações e para a confeção de cestos e canastras.

Atualmente a ribeira é frequentada para atividades de lazer ao ar livre e zona balnear no verão. Junto ao monte dos Bentos, na freguesia de Vaqueiros, é a principal atração das comemorações do 1 de maio. No final do século XX no seu curso, junto à aldeia de Odeleite, no concelho de Castro Marim, foi construída uma das maiores barragens da região algarvia, a Barragem de Odeleite, cuja albufeira é famosa pela forma de um dragão azul.

Ribeira do Vascão

A Ribeira do Vascão nasce em plena serra do caldeirão, no concelho de Loulé, e vai desaguar no Rio Guadiana, cerca de 10 km a norte de Alcoutim. O seu leito faz fronteira natural entre a região Alentejo e a região Algarve na sua parte mais oriental. Em 2012 foi classificada como sítio RAMSAR (classificação de zonas húmidas com importância internacional).

Esta ribeira foi extremamente importante para as populações que desde época romana e islâmica se foram estabelecendo ao longo do seu curso. Nela podiam pescar, adoçar tremoços, colocar o linho de molho, moer o cereal nas dezenas de moinhos de água que aí existiram, cultivar as várzeas (terrenos de aluvião que normalmente são mais produtivos) e ainda dar de beber aos rebanhos de gado e abastecer-se de água.

Na atualidade a ribeira apenas é frequentada para actividade de lazer ao ar livre como caminhadas e zona balnear no verão.

Rio Guadiana

PATRIMÓNIO NATURAL / RECURSOS HÍDRICOS

 

O rio Guadiana nasce na província espanhola de Albacete, tem uma extensão total de cerca de 830 km e uma área de bacia de 65 000 Km2, dos quais 10 000 Km2 em território português. Depois de um percurso de 780 km, o rio torna-se navegável nos últimos 48 km, entre o Pomarão e Vila Real de Santo António, onde a sua largura varia entre 100 e 500 m. O troço navegável do Guadiana tem uma profundidade média superior a 5 m, podendo navegar barcos cujo o calado não ultrapasse os 3 m na maré baixa.

Observando as paisagens marcadas pela vegetação espontânea mediterrânica, a ruralidade das pequenas povoações, orlas de cultivo ribeirinhas e o estado de preservação dos “habitats” de muitas espécies animais, percebe-se que são o produto da relação milenar da comunidade local com o rio Guadiana e as suas zonas envolventes. Pelas suas características ambientais, ecológicas e paisagísticas, o rio e as suas ribeiras, margens e povoações, constituem um elemento inestimável do património de Alcoutim.

 

 

Miradouro do Pontal

PATRIMÓNIO NATURAL / BIODIVERSIDADE

 

Ponto privilegiado de observação da paisagem e da vegetação luxuriante das margens do Guadiana. Desde de aqui o visitante poderá ter uma visão mais ampla do Guadiana e das suas margens. É neste cenário que irá testemunhar momentos impar de impressionante tranquilidade, onde reina a beleza silvestre da esteva numa paisagem agreste marcada pelo sol associados aos ruídos, aromas e cores do Algarve Natural, que atinge o máximo esplendor na Primavera. Este é um dos melhores momentos do ano para partir à descoberta do município.

 

Serra do Caldeirão

PATRIMÓNIO NATURAL / BIODIVERSIDADE

 

A Serra do Caldeirão está situada na zona norte do baixo Guadiana, estendendo-se até entrar em contacto com o rio. A Serra é caracterizada por associações vegetais típicas de encostas húmidas, representadas predominantemente por medronho, estevão e esteva, bem como por associações de sobreiral misto e pinhal. Na serra existem ainda bosques densos de azinheiras, matos com Zambujeiros, Alfarrobeiras, Amendoeiras, e por vezes, zimbro. Junto aos cursos de água abundam salgueiros, loendros, tamujos, caniçais, canaviais, etc.

Nos últimos anos e salpicando toda a serra encontram-se plantações florestais com predominância do pinheiro manso, sobro e azinho, ou mistos. A quantidade de projetos florestais que têm vindo a fazer-se poderá levar à destruição e diminuição brusca de abrigos naturais e alimento para as espécies silvestres.

 

Ribeira da Foupana

PATRIMÓNIO NATURAL / ÁREAS CLASSIFICADAS

Classificada como sítio Ramsar em 2012 (zonas húmidas de importância internacional). Esta ribeira é o maior rio em estado selvagem e sem interrupções artificiais existente em Portugal. Conserva várias espécies de peixes de água doce ameaçadas, da qual se destaca o saramugo.