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Património Cultural, Outros
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Cantinho da Memória – Cantar as Janeiras

Para valorizar as tradições ligadas ao cantar as janeiras, tradição que continua muito viva na freguesia de Martim Longo, nasceu nesta aldeia, em 2019, um arranjo paisagístico denominado “Cantinho da Memória – Cantar as Janeiras”. O espaço é constituído por painéis de azulejos dedicados à tradição alusiva ao cantar as Janeiras na noite de Reis e situa-se no Largo da Igreja, junto à Igreja Matriz.

 

Cantinho da Memória – Ciclo do Pão

Para valorizar as tradições ligadas à produção de trigo, moagem e panificação que caracteriza a população de Martim Longo nasceu nesta aldeia, em 2017, um arranjo paisagístico denominado “Cantinho da Memória”. O espaço é constituído por painéis de azulejos dedicados ao fabrico de pão artesanal e algumas alfaias agrícolas utilizadas no amanho da terra para a produção de trigo. Este monumento situa-se na Rua Dr. Antero Cabral junto ao Espaço Gerações, no centro da aldeia.

Mural de Azulejos

Na entrada de Alcoutim, acompanhando a Rua D. Fernando, encontra-se um mural com 31 painéis de azulejos, que contam a história, a cultura, o artesanato, as tradições, os ofícios e representam cenas do quotidiano das gentes desta terra. Estes painéis pintados em tons de azul e branco são de autoria do pintor Carlos Luz.

 

Estátua do Pescador

A pesca no Guadiana foi, desde sempre, uma atividade exclusivamente artesanal, destinada à subsistência das populações ribeirinhas. As artes da pesca utilizadas no Guadiana não variaram muito ao longo dos anos. A Colher (já desaparecida), o conto, o letrache, as redes de tresmalho e a tarrafa são as principais artes usadas no rio. Algumas destas artes foram utilizadas até aos princípios da década de 90, momento em que a maioria dos pescadores cessaram atividade, devido sobretudo à sua reduzida rentabilidade e à introdução de legislação que proíbe e restringe a utilização de determinadas artes e métodos de pesca. Para que a memoria desta atividade não se perca foi realizada uma estátua, em mármore branco, representando um pescador do Guadiana sentado numa cadeira arranjando redes de pesca. A estátua, realizada em 2001 pela escultora algarvia Teresa Paulino, pode ser visitada junto à capela de Santo António em Alcoutim.

 

Estátua do Contrabandista

O contrabando é uma atividade secular praticada em todas as fronteiras do mundo, naturalmente que em Alcoutim, na condição de vila raiana, houve uma grande propensão para esta atividade. A população vivia maioritariamente da agricultura, que era uma agricultura de subsistência, onde os proventos eram escassos.

O contrabando fazia-se ao longo de toda a fronteira entre Portugal e Espanha, tando na fronteira seca como na fronteira molhada. A existência de uma rede de caminhos pedestres que ligava as aldeias (Cachopo, Martim Longo, Giões e Pereiro) da região aos Montes, à Vila e às margens do Guadiana permitia aos contrabandistas viajarem a pé, durante a noite, transportando pequenas cargas de produtos de Portugal para Espanha e de Espanha para Portugal. Trigo e outros cereais, figos, café, ovos, miolo de amêndoa e gado, entre outros, eram aqui passados através do rio, muitas vezes a nado para a outra margem. Os contrabandistas compravam e vendiam os produtos aos comerciantes da região, que poucos riscos corriam e eram quem mais lucrava. Em 2001 os contrabandistas foram homenageados com a instalação de uma estátua no cais velho de Alcoutim, em tamanho real, talhada em mármore branco. A autoria da obra é da escultora Teresa Paulino.

 

Estátua do Guarda Fiscal

A Guarda Fiscal foi criada no final do séc. XIX com o intuito de fiscalizar as fronteiras e reprimir as infrações e fraudes fiscais e aduaneiras. Em Alcoutim a Guarda Fiscal ocupou um edifício sobranceiro ao rio Guadiana onde outrora funcionou a alfândega e, devido à situação geográfica desta vila raiana, foi instalada uma Secção desta força militarizada. Ao longo do rio havia outros postos, que se entreviam entre si, para se poderem comunicar por luzes, disparos e outras técnicas utilizadas. O controlo do rio estava assegurado por estes postos construídos pelo Ministério da Fazenda Pública. Os contrabandistas eram, junto com os refugiados de guerra, os principais alvos a “caçar”.

Os jovens alcoutenejos (os que sabiam ler e escrever) desde logo viram na Guarda Fiscal uma atividade que lhes podia assegurar uma vida melhor, fugindo ao trabalho árduo e pouco rentável da vida de agricultor, obtendo mais tarde a almejada reforma, então regalia de poucos. Em homenagem aos profissionais da Guarda Fiscal, que prestaram serviço nos postos do concelho, a Câmara Municipal instalou em 2001 uma estátua de mármore branco, em tamanho real, no jardim dos pescadores, em Alcoutim, perto do edifício onde funcionou a instituição. A obra é de autoria da escultora algarvia Teresa Paulino.