Site Autárquico de Alcoutim

Património Cultural Arquitetónico
2
Ermida de S. Bento de Alcaria Queimada

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

No Monte da Alcaria Queimada localiza-se uma pequena e muito antiga ermida, dedicada ao culto de São Bento, desconhece-se a sua fundação, contudo aponta-se o século XVII como data provável. Em 1756/7 foi adquirido o retábulo e em 1749/50 a imagem do Santo. Há poucos anos sofreu obras, das quais se destaca a reposição do portal em pedra. No dia 9 de agosto celebra-se a romaria de São Bento, que foi umas das maiores do concelho, com uma tradição muito enraizada e atraindo peregrinos da região algarvia e baixo Alentejo. A romaria continua a cumprir-se, embora com menos peso religioso e menos romeiros. No altar existe um buraco onde os peregrinos metem uma parte do corpo três vezes para curar as enfermidades de que padecem, a mais usual é a cabeça para durante um ano não sofrerem de dores de cabeça.

 

Igreja Matriz de Vaqueiros

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

A Igreja Matriz de Vaqueiros é um templo quinhentista, com cobertura em madeira, de uma só nave que dá acesso à ousia mais estreita e de base retangular, estava quase concluído em 1565. O aspeto exterior desta igreja deve-se às remodelações nela efetuadas durante o terceiro quartel do século XVIII, durante o qual vigorou o formulário Rococó, sendo em termos arquitetónicos o exemplo mais significativo do concelho. Nestas remodelações reconstruíram-se o frontão da fachada principal e a torre sineira, onde se destaca a cobertura com cata-vento em forma de galo.

Além dos retábulos da Capela-mor e o da Capela da Confraria de Nossa Sr.ª do Rosário, existe ainda nesta igreja o da Capela das Almas, provavelmente, dos finais do século XVI e princípios do século XVII, já que em 1721-2 foi restaurado um painel do dito retábulo e em 1730 foi dourado pelo pintor Francisco Fortunato, natural de Tavira.

Atualmente a dita igreja encontra-se completamente recuperada e o seu interessante conjunto de imaginária religiosa perfeitamente restaurado.

 

Ermida de Santa Justa

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Situada no monte de Santa Justa, é um pequeno templo de origem tardo–medieval. Foi sujeita a muitas alterações ao longo dos séculos. Conserva no interior a imagem de Santa Justa adquirida em 1792/3 pela confraria e que apresenta muito boa qualidade escultórica.

 

Ermida de S. Sebastião

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Localizava-se fora da aldeia de Martim Longo, a cerca de 500m da Igreja Matriz, e foi reedificada parcialmente em 1565, da qual se destacam os contrafortes tardo-medievais. O Retábulo foi colocado gratuitamente em 1682/83 por a confraria ser pobre, e a imagem do santo foi adquirida em 1792, em Lisboa.

 

Capela do Espírito Santo

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Situada a cerca de 70 m da igreja Matriz de Martim Longo, esta capela é de origem quinhentista e chegou a ter no seu interior um retábulo pintado por Diogo Mangina em 1782. Atualmente encontra-se muito alterada pelas sucessivas campanhas de obras e serve de capela mortuária.

 

 

 

Igreja Matriz de Martim Longo

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

A Igreja Matriz de Martim Longo remonta ao século XV e da sua construção primitiva destacam-se os portais góticos, o principal de um só colunelo, e os contrafortes cilíndricos pouco comuns na arte portuguesa, parecidos com os da Ermida de São Brás, em Évora, considerada protótipo da arte gótico-manuelino-mudéjar.

Templo quinhentista, pertencente ao manuelino, ficou acabado em 1554, sendo atualmente dos mais antigos erguidos no concelho. Nesta altura pintaram-se várias figuras de Santos nas paredes do cruzeiro e a única pintura sobrevivente é datada dos finais do século XV, princípios do século XVI. A capela-mor, com abóbada de berço, é dividida do corpo da igreja por um arco perfeito de pedra decorado com pintura mural. O batistério tem as paredes decoradas até meia altura por azulejos do século XVII e pia assente num só pé decorado a carrancas.

Foi classificada Imóvel de Interesse Público em 24 de janeiro de 1967, o que não evitou ter sido muito descaracterizada posteriormente.

 

Ermida de Nossa S.ª das Relíquias

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Num cerro próximo da ribeira do Vascão, onde estão identificados vestígios de um povoado fortificado do período islâmico, designado como “Cerro das Relíquias”, terá existido uma ermida dedicada à Nossa Senhora das Relíquias. Na visitação da ordem de Santiago, do ano de 1565, já a dita ermida existia e tinha no altar uma imagem de vulto de Nossa Senhora, pequena e velha.

 

 

Ermida de Nossa S.ª da Oliveira em Clarines

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Localiza-se no monte de Clarines e desconhece-se a data da sua fundação, mas sabe-se que em 1565 a imagem de nossa senhora já se encontrava muito velha. Nas memórias paroquiais de 1758 refere-se que a Senhora fez uma aparição numa oliveira que existia junto ao local (provavelmente a mesma que ainda ali existe). Durante o século XX esteve completamente em ruínas, sendo recuperada no inicio da década de noventa.

 

Ermida de S. Domingos

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Ermida de São Domingos (Giões) - Localiza-se junto à aldeia, numa pequena elevação. Até 1554 era esta a Igreja Matriz de Giões. Foi local de culto e romaria a São Domingos (4 de agosto), onde o povo implorava ao santo remédio para as suas enfermidades. Em 1745 a imagem do santo foi transferida para a Igreja Matriz de Giões por a ermida se encontrar em ruínas. Foi recentemente alvo de obras de recuperação e valorização.

 

Igreja Matriz de Giões

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Templo quinhentista de três naves com cobertura em madeira e cinco tramos de arcos, assentes sobre colunas com capitéis toscanos, estava praticamente concluída em 1565, só faltando o campanário e a capela-mor. A capela-mor possui tecto decorado com pinturas do século XVIII e retábulo do período neoclássico (foi feito na campanha de obras de 1722) que possuí a imagem de Nossa Sr.ª da Assunção ao centro. Sobre o portal de arco perfeito, orlado por bonitos efeitos de argamassa pintados a azul, destaca-se uma janela retangular com vitral em losangos.

 

Igreja Matriz do Pereiro

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Os mais antigos documentos que lhe fazem referência remontam à primeira metade do século XVI. O corpo desta igreja apresenta um dos mais interessantes conjuntos de retábulos do nordeste algarvio. A capela-mor, com abóbada de berço e sem qualquer decoração, é dividida do corpo da igreja por um arco perfeito e sem adornos onde se pode apreciar um retábulo de talha dourada de estilo barroco, de transição para a fase “joanina” (finais do século XVII e primeira metade do século XVIII), ricamente trabalhado. Em 1976 encontrava-se esta igreja quase em ruínas tendo sofrido grande reparação.

 

Ermida de Santa Marta

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Junto ao Monte de Baixo, de Santa Marta, numa pequena colina, encontram-se as ruínas da antiga ermida dedicada ao culto de Santa Marta, e que tal como o São Martinho, deu nome à povoação que ali existe há séculos. A primeira notícia que temos deste templo é nos dada pelas visitações da ordem de Santiago no ano de 1565. O templo é descrito como sendo muito antigo, com paredes de pedra e barro desguarnecidas por dentro e por fora, tendo telhado de duas águas com aguieiros de madeira encaniçados. O portal é de alvenaria com arco redondo e no interior tem um altar de alvenaria coberto com umas toalhas da terra onde repousava a imagem de Santa Marta, de vulto e já muito velha. Nas memórias paroquiais de 1758, o pároco de Alcoutim informa da existência de romaria, anual, a esta ermida no dia da sua festa (29 de julho). Segundo informações orais estas festas eram muito concorridas pelas populações das redondezas e comemoradas com missa solene e procissão. A juventude cantava e dançava nas suas imediações. Em 1939 terá sido a última romaria segundo informações colhidas por José Varzeano, que indica que ali eram frequentes celebrarem-se casamentos e batizados. A degradação foi continua até que nos anos setenta do séc. XX a população teve de retirar a santa e os castiçais para local seguro.

Ermida de S. Martinho nas Cortes Pereiras

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Na colina junto ao Monte de São Martinho, nas Cortes Pereiras, existem, ainda, as ruínas de um pequeno templo que se indica como a antiga Ermida dedicada a São Martinho. Provavelmente foi a responsável pelo nome da povoação. Na visitação da ordem de Santiago, do ano de 1565, é descrita como sendo uma só casa, pequena, construída com paredes de pedra e barro desguarnecidas por dentro e por fora, com telhado de duas águas, madeira de castanho e mal encaniçada. É descrito o altar como sendo de alvenaria, coberto por toalhas onde estava a imagem de vulto, de São Martinho feita e pintada de novo, encimada por um céu de pano de linho. Nas memórias paroquiais de 1758 o pároco de Alcoutim dá-nos conta que esta ermida ainda estava ao culto e que em alguns dias do ano, nomeadamente no dia de S. Martinho, iam algumas pessoas da freguesia e de fora dela, em romaria à dita ermida. No final do séc. XIX, o arqueólogo algarvio visitou o local, que já estaria em ruína, designando-a por Ermida Velha de São Martinho, onde recolheu uma ara funerária em mármore do período romano (que pode ser visitada no núcleo museológico de arqueologia, no Castelo de Alcoutim).

A sua existência continua viva na memória das gentes locais, onde foi recolhida, por José Varzeano, uma lenda sobre o santo e a localização da ermida. Diz a lenda que o santo, muito isolado, aparecia no cimo do cerro pois dali avistava os seus irmãos: - Sta. Marta (no monte do mesmo nome), Nª Sª das Neves (Mesquita-Espírito Santo), Nª Sª da Conceição (Vila) e São Marcos, no Pereiro. Por esse motivo, e para não contrariar o santo, construíram nova capela, ficando assim o santo sossegado.

Capela de S. António

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Capela St.º António - Não se conhece a data da sua construção mas a proximidade deste templo com a residência dos Condes, bem como o título de conde concedido no dia de Santo António, a 13 de Junho, colocam a hipótese de que esta capela tenha sido mandada construir, no final do século XVI e inicio do século XVII, pelos Condes de Alcoutim para templo privado. O orago a Santo António leva a crer que esteja relacionada com a pesca no rio Guadiana. No seu interior possui um altar em alvenaria e um nicho, que é ladrilhado com adobe vermelho, com a imagem de St.º António. Destaca-se a abóbada de berço ladrilhada e o fino lintel do portal. Recebe em 2008 o remodelado Núcleo Museológico de Arte Sacra.

 

Ermida de S. Sebastião de Alcoutim

PATRIMÓNIO CULTURAL / ARQUITETÓNICO / RELIGIOSO

 

Pouco sabemos sobre esta ermida que ainda existe e foi, no século XIX, integrada no cemitério de Alcoutim. O testemunho mais antigo é o levantamento feito por Duarte de Armas, em 1509, desenhando um pequeno templo na colina junto ao rio a sul do castelo. Segundo este documento a ermida de S. Sebastião pode ter sido construída no séc. XV. Na visitação da ordem de Santiago de 1565 o visitador escreveu que visitou “…a hermida de São Sebastião que esta junto a esta Villa da banda do sul…” e “…nelle (altar) a imagem de São Sebastião de vulto...”. Na mesma descrição indica que a ermida era uma só casa, pequena, com paredes de pedra e barro até meio e de taipa até ao tecto e tinha telhado de duas águas, muito danificado, como também é indicado no desenho de Duarte de Armas. Edifício idêntico, mas consagrado ao Espírito Santo, existia no Rossio, destruída na década de oitenta do séc. XX aquando do crescimento urbano da vila.